quarta-feira, 16 de outubro de 2013

HINO DE CONSAGRAÇÃO A EROS

A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor, te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor, te deixa fanático.
A religião sem amor se converte em tortura.








segunda-feira, 14 de outubro de 2013


A PRECE DE UM JUIZ JUSTO
“Senhor! Eu sou o único ser na terra a quem Tu deste uma parcela da Tua Onipotência: o poder de condenar ou absorver meus semelhantes.
Diante de mim as pessoas se inclinam: à minha voz acorrem, minha palavra obedecem, ao meu mandado se entregam, ao meu gesto se unem, ou se separam, ou se despojam. Ao meu aceno as portas das prisões fecham-se às costas do condenado ou se lhe abrem, um dia para a liberdade.
O meu veredicto pode transformar a pobreza em abastança, e a riqueza em miséria. Da minha decisão depende o destino de muitas vidas. Sábios e ignorantes, ricos e pobres, homens e mulheres, os nascituros, as crianças, os jovens, os loucos e os moribundos, todos estão sujeitos, desde o nascimento até a morte, à Lei que eu represento e a Justiça que eu simbolizo.
Quão pesado e terrível é o fardo que pusestes nos meus ombros.
Ajudai-me Senhor! Fazes com que eu seja digno desta excelsa missão!
Que não me seduza a vaidade do cargo, não me invada o orgulho, não me atraia a tentação do mal, não me fascine as honrarias, não exalcem as glórias vãs...
Faz da minha toga um manto incorruptível. E da minha pena não o estilete que fere mas a seta que assinala a trajetória da Lei no caminho da justiça...
Que eu seja implacável com o erro, mas compreensivo com os que erram. Amigo da verdade e guia doa que procuram...Não permitas, jamais, que eu lave as mãos como Pilatos, diante do inocente, nem atire, como Herodes, sobre os ombros do oprimido, a túnica do opróbrio. Que eu não tema César e nem por temor dele pergunte ao poviléu, se eles preferem “Barrabás ou Jesus”... Ajuda-me Senhor!
Quando me atormentar a dúvida, ilumina o meu espírito: quando eu vacilar, alenta a minha alma: quando eu esmorecer, conforta-me: quando eu tropeçar ampare-me. E quando um dia, finalmente, eu sucumbir, e já então como réu comparecer à Tua Augusta Presença para o último juízo, olha compassivo para mim.
Dita, Senhor, a Tua sentença. Julga-me como um Deus.
Eu julguei como homem.”

Esta prece foi escrita pelo Doutor João Alfredo Medeiros Vieira, Juiz de Direito, nascido em Florianópolis SC em 1929 e ocupa a cadeira número 4 da ACL, e estava exercendo o cargo em Joaçaba SC quando escreveu esta prece em 1973. Foi imediatamente publicada pela prefeitura local e em seguida pelo jornal “O Lutador”, da cidade de Manhumirim MG. Ainda em 1973, por ocasião da comemoração do centenário do TJ de São Paulo foi “A Prece” oferecida, em opúsculo, a todos os Juizes daquele Estado. Hoje, “A Prece” está vertida, para cerca de 20 línguas, entre elas, além do inglês, o alemão, o italiano, o francês, o espanhol, em grego, húngaro, árabe, ucraniano, russo, finlandês, hebraico, polonês, o esperanto e outros mais.


POEMA EM FORMAÇÃO
Pedimos ao nosso bom Deus
Muito boa inspiração
Para escrever belo poema
Para o querido neto João.

Ele está se desenvolvendo
E é por todos muito desejado
Na graça de Deus crescendo
E por todos é bastante amado.

Como tudo que na vida cresce
O João não cresce em vão
Pois já é motivo de felicidade
Para todos e porque não?

Cada criança que no mundo nasce
Diz o grande livro, Bíblia Sagrada,
Que o nosso Soberano Pastor
Por ser santo a recebe abençoada

Os passarinhos na natureza
Cada qual tem seu valor
Enfeitando de canto e beleza
Despertando em nós somente amor.

A criança é como passarinho
Encanta-nos com a sua inocência
Atraindo sempre amor e carinho
Alegrando mais nossa vivência.

Oh João, amado doce anjinho
Que a Divina sabedoria
Quis transformar em menino
Tu serás sempre, ponto de harmonia.

Na tua face inocente,
Simboliza um puro amor
Mãe e Filho Principalmente
Como a luz da aurora em flor!

Gaudêncio Leal

domingo, 13 de outubro de 2013

Coisa de mineiro...
não tente entender guiado só pelo coração...
Mineiro age assim, mas esse aí... foi movido pela razão.
Sentença inusitada de um juiz, poeta e realista.
Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).
O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha,
ex-promotor de justiça, concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em
flagrante por ter furtado duas galinhas e ter perguntado ao delegado:
"desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?"
O magistrado lavrou então sua Sentença em versos:

 

 No dia cinco de outubro
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.

O jovem Alceu da Costa
Conhecido por "Rolinha"
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.

Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.

O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.

Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.

Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.

E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.

Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?

Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.

E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?

Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.

É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.

Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.

Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.

Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!!!!!